No Brasil, parece haver no inconsciente coletivo um antigo ideal de não ter patrão.
Pegando uma carona na metáfora de Amorim, o aquário sempre soou como um porto seguro, estável, firme. Já o oceano é um lugar de incertezas e riscos onde a criatividade e o talento precisam estar a serviço de um empreendedorismo racional, planejado. Os que se lançam num mercado de oportunidades muito competitivo e exigente precisam estar conscientes de suas potencialidades, diminuindo as chances de entrarem numa aventura de resultados duvidosos. Quando criamos vínculos fortes com o emprego formal, adotamos até o chamado sobrenome institucional e em geral o processo de aposentadoria é muito doloroso emocionalmente. Afinal, parte de nossa identidade se vai quando entramos nesta fase e senão traçarmos novos projetos a vida parece perder o sentido.
Quais os prós e contra do aquário? Como se preparar para mergulhar fundo no oceano? Que habilidades e competências precisam ser desenvolvidas para esta passagem? Como as políticas públicas têm investido nesta capacitação social? Como abrir mão do certo pelo duvidoso?
Como enfrentar os desafios do mundo do trabalho num ambiente hostil e competitivo?
Acredito que não existem receitas prontas, mas, como todo processo social, esta nova concepção sobre o cenário do trabalho no mundo requer muita competência, tanto cognitiva como emocional. O modismo do empreendedorismo pode trazer graves conseqüências econômicas. Por outro lado, o pânico ou apatia diante das dificuldades de acesso ao mercado formal de trabalho também não nos leva a lugar algum.
Por isso, entre o aquário e o oceano um mar de questões nos provoca a sair do imobilismo e arriscar com responsabilidade novos rumos para uma vida produtiva e, sobretudo, feliz.
Reflexões sobre o livro Construindo Pontes: 10 passos entre o aquário (emprego) e o oceano (trabalho) de Antonio Luiz Amorim.
domingo, 17 de abril de 2011
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